A primeira vez, que tive contacto com gente portadora deste mal, foi na segunda ou terceira semana do mês de Maio de 1974, estava no Bento uma cervejaria na Av. principal de Bissau, tinha vindo de Piche no leste da Guiné, para tratar de uns assuntos de serviço, na Cheret.
Quando a minha atenção é chamada, para aquilo que viria a ser o primeiro descontente com o 25 de Abril de 1974, berrava um mancebo para todos aqueles, que dado os seus gritos não lhe podiam ficar indiferentes.
A dias de embarcar para Portugal, lamentava-se esta coisa da injustiça do 25/4, pois ele foi obrigado a estar 24 meses no mato na guerra, mas os seus irmãos mais novos já não teriam de passar por semelhante sacrifício, e tudo por causa de uns malandros de uns militares terem feito um revolução.
Sim foi aqui, mas sem surpresa, que constatei a estupidez, o desconhecimento, e a falta de senso de uma parte de atrofiados mentais, presos nas suas fantasias aparvalhadas.
São poucos, mas mesmo assim dignos de pena e dó.
Esta por exemplo:
Que se diz ensaísta ou jornalista?
Com os comentários de uma dúzia de alienados como ela.
Ninguém lhes diz que a sua realidade, é apenas a deles.
Ou este outro.
Coitado desde que constatou que as mordomias, que o seu avô e seu pai tiveram em Moçambique colonial, não eram extensíveis a sua pessoa, ficou possuído pela loucura cega ao 25/4.
Alguns dos que sofrem, deste tipo de loucura até foram longe, num regime que sempre odiaram.